domingo, 28 de setembro de 2008

Ensino de Especialidades Médicas

Participei pelo CONASS da reunião do Ministério da Saúde com representantes das especialidades médicas com Paulo Henrique Seixas, diretor da Secretaria de Saúde de São Paulo e o representei no dia seguinte na reunião da Comissão Nacional de Residência Médica. Há formação de especialistas em proporções razoáveis, posto que não se verificam excessos ou faltas em grandes números nacionais, apesar da ausência de mecanismos eficazes de regulação. O que é grave é a situação de falta ou excesso em regiões do interior do país, mesmo no sul e sudeste, ou nas regiões metropolitanas respectivamente. Já dizia Carlos Gentile de Melo, que a distribuição de médicos acompanha a distribuição da rede bancária. Apresentei o apelo a que as lideranças das especialidades, quaisquer que sejam, ofereçam alguma formação/informação em gestão de saúde, citando a constatação por certos autores de que o gasto dos recursos públicos de saúde efetivamente realizado é definido por quem atende nos postos de serviço, alcançando 70% do total das verbas. Outra sugestão foi de que as diversas especialidades discutissem com os gestores da saúde o que deve ser um profissional generalista nos dias de hoje, pois com certeza não deve ser o mesmo perfil do médico que nos atendia na década de 50 do século passado! Na reunião das comissões estaduais de Residência Médica transmiti nossa constatação do dia anterior, solicitando a maior aproximação entre cada comissão estadual e os gestores regionais e municipais para colaborarem na redução das discrepâncias de oferta das especialidades médicas.