terça-feira, 14 de outubro de 2008

HEBDOMADAR* 32 de 12 de outubro de 2008.Brasília, Ano I

182º dia do Sexagésimo

Queridos amigos

Este hebdo deve reparar algumas faltas, o Ano Novo Shaná Tová dos nossos ancestrais e amigos judeus que se deu em 29 de setembro, conforme o calendário judaico. Saudações ao Léo e ao Gerson especialmente. A Lucineli que fez aniversário dia 05 de outubro, a Aninha em 07 de outubro, o Ronaldo Coutinho Garcia, dia 08 de outubro e a Marianne dia 09 de outubro... Ufa! Liguei para o Aldo para comprimentar pelo natalício ontem, mas ele estava de ressaca da véspera, atendeu o Jeremias... Hoje ele ainda deve estar em repouso depois da grande festa sexagenária. Totaio escreveu pedindo a hora da festa. Ao marcar o 182º dia do meu sexagenário vi que o Aldo é quase exatamente meio ano mais velho que eu, se tivesse nascido em 12 de outubro ao meio dia seria exatamente, sem considerar os anos bissextos!

Mariazinha Bastos continua sob cuidado hospitalar, segundo o Old Uncle Jo, como o Dr. Bastos assina seus emails. Ele pede pra gente conversar sobre a reforma ortográfica. Há escritores e acadêmicos dizendo que não funciona como o Cony, que isso é bobagem, que a língua é resultado do uso e não da aplicação de regras de boa escrita. Penso que minha filha Isabel, que fez letras na UFPR deve dizer a mesma coisa.

A Lala, antes de ir para Itapê rumo à festa do Aldo, mandou a programação cultural de São Paulo e também remeteu mensagem outro dia desautorizando e-mails em nome de Lala Bacellar (seriam os convites para o hi5?):

Meu fim de semana será dedicado ao Aldo, já que estaremos em S Miguel para comemorar seus 60 anos!

De qq modo a semana será de óperas no Municipal: "Amelia all Ballo" de Giancarlo Menotti e " Le Villi" de Giacomo Puccini. Às 20:30h na terça e quinta; domingo às 17:00h. Preços populares. Eu vou na quinta.

17 e 18 às 21:00h tem Jazz Sinfonica e Danilo e Dori Caymmi no Auditório Ibirapuera. $30,00- imperdível.

19, domingo tem Tchaikovsky Symphony Orchestra no Parque às 17:00h- imperdível tb.

Acho que é só...vou para Itape e espero encontrar o pessoal na festança do Aldo. Beijo da Lala

Sexta-feira, 10 de outubro, faleceu aqui em Brasília Pierre Weil, aos 84 anos. Pierre escreveu dezenas de livros pela paz, especialmente um: A Arte de Viver em Paz: por uma nova consciência, por uma nova educação. Ele era francês, Doutor em Psicologiapela Universidade de Paris, que veio ao Brasil dar um curso de 4 meses e ficou para sempre. A convite do Governador José Aparecido, veio morar em Brasília e criou a Fundação Cidade da Paz / Universidade Holística Internacional da Paz em 1988. A universidade oferece o Curso de Formação Holística, na Granja do Ipê, que havia sido a residência do General Golbery Ministro Chefe da Casa Civil do Presidente Figueiredo. Até hoje as atividades do curso são desenvolvidas nas instalações da guarda do então ministro, onde inclusive os alunos de fora são hospedados. Eu participei desse curso na Turma 14 em 2001 a 2002!

Pérola da semana

De nada adianta desarmar todos os homens. Eles continuarão a se matar aos socos, se os espíritos não forem pacificados. E, na primeira oportunidade, produzirão máquinas ainda mais mortíferas para se destruirem mutuamente. A paz está dentro de nós. Ou então não existe. Se é no espírito dos homens que começam as guerras, então como disse Robert Muller, "é nas escolas da Terra que se moldará a nova consciência, capaz de pôr um termo a toda violência". Pierre Weil em A Arte de Viver em Paz

Crise Mundial

CRISE MUNDIAL: Os governos de todo o mundo estão comprando bancos ou melhor, honrando os depóstitos dos correntistas e compromissos dos tomadores em nome da estabilidade e do bem estar das nações...

Diez ideas para entender la crisis financiera, sus causas,

sus responsables y sus posibles soluciones (i *)
Juan Torres López

  1. Es una crisis hipotecaria. El origen inmediato de la crisis radica en el mercado hipotecario estadounidense.
  2. Pero la crisis no es solamente hipotecaria: es una crisis financiera. Cuando se firma una hipoteca se crea un título financiero. Un "pasivo" u obligación para el que debe el dinero y un "activo" o derecho para el que lo presta, que es el banco. Y lo que puede y suele hacer el banco, como acabo de señalar, es comerciar con ese activo. Por ejemplo, asegurarlo o venderlo.
  3. Y además es una crisis que afecta a la economía real. Aunque la crisis se desencadene inicialmente en el ámbito hipotecario, bancario o financiero, enseguida tiene efectos sobre la economía real (es decir, la que tiene que ver con la producción efectiva de bienes y servicios y no con"papeles" financieros).
  4. Es una crisis global. Los flujos financieros son prácticamente los únicos que se puede decir que estén completamente globalizados hoy día. Todas las operaciones financieras se realizan a escala internacional y la inmensa mayoría de ellas pasando por los paraísos fiscales que se encuentran estratégicamente situados en todos los husos horarios del planeta con el fin de que no quede ni un segundo del día sin posibilidad de ser utilizado para realizar las transacciones.
  5. Y quizá sea algo más que una crisis hipotecaria, financiera y global. Lo que no sabemos aún de la presente crisis es hasta qué punto todo lo anterior ha generado una crisis de solvencia bancaria, algo que no hay que descartar ni mucho menos, al menos en algunos países como España.
  6. Es una crisis que tiene perjudicados. Las autoridades económicas suelen hablar de estas crisis como si fueran algo parecido a la avería de unmecanismo de fontanería o de un automóvil, sin hacer referencia a los millones de individuos que en realidad pagan con sus rentas, con su trabajo y con su seguridad y bienestar la irracionalidad del sistema financiero en que se soportan nuestras economías.
  7. Pero la crisis tiene también unos claros beneficiarios. No todo el mundo pierde con la crisis. Al revés, de ella saldrán fortalecidos los bancos y los grandes poseedores de capital.
  8. Es una es una crisis que quizá no sea fácilmente pasajera. Como es fácil deducir de lo que vengo diciendo, una de las causas de la crisis actual (como de otras semejantes que se han producido en los últimos decenios) es que la economía mundial se ha volcado cada vez más hacia los intercambios financieros. En lugar de servir de instrumento para los intercambios de bienes y servicios, el dinero se ha convertido en un objeto del intercambio. Lo que se compra y se vende privilegiadamente son medios de pago, títulos financieros, papel por papel... Es lo que se ha llamado la economía financiarizada que es intrínsecamente inestable y propensa a las crisis (Un análisis más detallado en mi libro "Toma el dinero y corre. La globalización neoliberal del dinero y las finanzas". Editorial Icaria, Barcelona 2006).
  9. Es una crisis avivada y consentida por los bancos centrales.
    Es de gran importancia y muy relevante destacar que los bancos centrales han sido uno de los principales factores responsables de la crisis hipotecaria y financiera que estamos viviendo.
  10. Y es una crisis de las que podrían evitarse con otras políticas y con
    otros objetivos sociales.
    Para terminar, hay que preguntarse si crisis como las que estamos viviendo son inevitables o si, por el contrario, hay medios para evitarlas. ( continua nopróximo hebdo, afinal a crise está mal começando...)

(i*) Matéria enviada por Tadeu Valadares

Marquetim político?

Debate com os candidatos no segundo turmo em vários municípios do país, os assuntos variam pouco, mas o que chama atenção é o interesse dos oponentes em evidenciar quem está por trás de quem. Marta acusa Kassab de ser PFL pousando de tucano; Gabeira fala que viu César Maia cinco vezes na vida, mas que Eduardo Paes é cria do prefeito.

Marcio Lacerda diz que Leonardo Quintão é um bom deputado, mas que não tem experiência para administrar Belo Horizonte!

O filme de Hoje

Não fomos ao cinema, mas Bruno enviou uma notícia muito interessante: Oprah entrevista Jenny Philips sobre seu trabalho com meditação vipassana /Oprah Interviews Pariyatti Author Phillips Oct 13 & 20.

Jenny Phillips, author of Pariyatti's new book Letters from the Dhamma Brothers, will be a guest on Oprah's Soul Series. Listen to their conversation on Oprah & Friends Radio XM 156 & SIRIUS 195, Monday October 13th and 20th at 10am ET, 7pm ET and 10pm ET. Or view the webcast on those dates at Oprah.com. On October 13th, Oprah talks with Dr. Phillips about her background, working with prisoners, and the program of Vipassana meditation she helped bring to Donaldson Correctional Facility, near Birmingham, Alabama. On October 20th, Oprah talks by telephone with two inmates at the prison who still practice Vipassana regularly and with Dr. Ron Cavanaugh, director of treatment, Alabama Department of Corrections. The inmates are asked about their crimes and sentences, and how they are dealing with life in prison. If you don't currently have an XM radio subscription, you can sign up for a free on-line trial. For more information, please visit: www.oprah.com/xm or www.xmradio.com/oprah.

Meditação Vipassana

"O Ponto de Partida" é o segundo capítulo do livro "A Arte de Viver Segundo N.S. Goenka". Nele o autor apresenta a visão Vipassana sobre a fonte de nossos sofrimentos, reconhecendo que ela se encontra em nós mesmos, mas admitindo que, em níveis mais profundos, nós não nos conhecemos de modo algum.

Segundo Buda, cada ser humano é composto de cinco processos, quatro deles mentais e um físico. O corpo físico, aparentemente sólido, é composto de partículas suatômicas, Kalãpas, e de espaço vazio, num fluxo de vibrações ou ondas,quando as partículas aparecem e desaparecem continuamente.

A mente se compõe de quatro processos: consciência, precepção, sensação e reação. Ou viññãna, saññã, vedanã e sankhãra, na língua falada na região em que Buda vivia, o Pali! Essas quatro funções mentais são ainda mais fugazes do que as partículas que compõem a realidade material. Cada vez que entramos em contato com qualquer objeto, os quatro processos mentais se sucedem com a rapidez de um relâmpago e se repetem a cada contato sem que tenhamos ciência do que está acontecendo, mas mesmo assim temos a convicção de que dentro de nós há um EU que é constante. "Eu fui, eu sou, eu serei".

Buda percebeu que uma pessoa não é uma entidade acabada, imutável, mas sim um processo que flui de momento a momento. Não existe um ser real, mas um fluxo contínuo, um processo contínuo de vir-a-ser. Na vida diária lidamos uns com os outros como pessoas definidas, mais ou menos constantes, aceitando a realidade externa, mas o universo inteiro, animado e inanimado, é um processo permanente de vir-a-ser! Nós somos como o rio, uma corrente de água que flui sem parar, em constante mutação, assim os processos de consciência, percepção, sensação e reação se transformam em velocidade ainda maior que o processo físico.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

HEBDOMADAR* 31 de 05 de outubro de 2008.Brasília, Ano I

175º dia do Sexagésimo

Queridos amigos

Mais uma do mestre José Bastos : -Acho que encontrei uma designação do tipo de publicação que é o sempre bem-vindo Hebdomadário: Almanaque Caleidoscópico... Isso mesmo Old Uncle Jô!

Veja a Programação Cultural de São Paulo com anexo de Paul Newman atuando em "Butch Cassidy e Sundance Kid", cortesia da Lala Ayub Bacellar!

Aldo Fogaça Balboni completa 365 dias do sexagenário em 11 de outubro, o primeiro da turma que chega lá?! Convite anexo.

Nesta edição:

Pérola da Semana: O impensável aconteceu

Marquetim político

O filme de Hoje

Encontro do Projeto Unir

Meditação Vipassana

Recomendação da Lara: Butch Cassidy und Sundance kid (1969)

Pérola da Semana: O impensável aconteceu*

O Estado deixou de ser o problema para voltar a ser a solução; cada país tem o direito de fazer prevalecer o que entende ser o interesse nacional contra os ditames da globalização; o mercado não é, por si, racional e eficiente, apenas sabe racionalizar a sua irracionalidade e ineficiência enquanto estas não atingirem o nível de auto-destruição. Boaventura de Sousa Santos
A palavra não aparece na mídia norte-americana, mas é disso que se trata: nacionalização. Perante as falências ocorridas, anunciadas ou iminentes de importantes bancos de investimento, das duas maiores sociedades hipotecárias do país e da maior seguradora do mundo, o governo dos EUA decidiu assumir o controle direto de uma parte importante do sistema financeiro.
A medida não é inédita pois o Governo interveio em outros momentos de crise profunda: em 1792 (no mandato do primeiro presidente do país), em 1907 (neste
caso, o papel central na resolução da crise coube ao grande banco de então,J.P. Morgan, hoje, Morgan Stanley, também em risco), em 1929 (a grande
depressão que durou até à Segunda Guerra Mundial: em 1933, 1000 norteamericanos por dia perdiam as suas casas a favor dos bancos) e 1985 (a crise das sociedades de poupança).
O que é novo na intervenção em curso é a sua magnitude e o fato de ela ocorrer ao fim de trinta anos de evangelização neoliberal conduzida com mão de ferro a nível global pelos EUA e pelas instituições financeiras por eles controladas, FMI e o Banco Mundial: mercados livres e, porque livres, eficientes; privatizações; desregulamentação; Estado fora da economia porque inerentemente corrupto e ineficiente; eliminação de restrições à acumulação de riqueza e à correspondente produção de miséria social.
Foi com estas receitas que se "resolveram" as crises financeiras da América Latina e da Ásia e que se impuseram ajustamentos estruturais em dezenas de países. Foi também com elas que milhões de pessoas foram lançadas no desemprego, perderam as suas terras ou os seus direitos laborais, tiveram de emigrar.
À luz disto, o impensável aconteceu: o Estado deixou de ser o problema para voltar a ser a solução; cada país tem o direito de fazer prevalecer o que entende ser o interesse nacional contra os ditames da globalização; o mercado não é, por si, racional e eficiente, apenas sabe racionalizar a sua irracionalidade e ineficiência enquanto estas não atingirem o nível de auto-destruição; o capital tem sempre o Estado à sua disposição e, consoante os ciclos, ora por via da regulação ora por via da desregulação.
Esta não é a crise final do capitalismo e, mesmo se fosse, talvez a esquerda não soubesse o que fazer dela, tão generalizada foi a sua conversão ao evangelho neoliberal.
Muito continuará como dantes: o espiríto individualista, egoísta e anti-social que anima o capitalismo; o fato de que a fatura das crises é sempre paga por quem nada contribuiu para elas, a esmagadora maioria dos cidadãos, já que é com seu dinheiro que o Estado intervém e muitos perdem o emprego, a casa e a pensão.
Mas muito mais mudará. Primeiro, o declínio dos EUA como potência mundial atinge um novo patamar. Este país acaba de ser vítima das armas de destruição financeira massiça com que agrediu tantos países nas últimas décadas e a decisão "soberana" de se defender foi afinal induzida pela pressão dos seus credores estrangeiros (sobretudo chineses) que ameaçaram com uma fuga que seria devastadora para o actual american way of life.
Segundo, o FMI e o Banco Mundial deixaram de ter qualquer autoridade para impor as suas receitas, pois sempre usaram como bitola uma economia que se revela agora fantasma. A hipocrisia dos critérios duplos (uns válidos para os países do Norte global e outros válidos para os países do Sul global) está exposta com uma crueza chocante. Daqui em diante, a primazia do interesse nacional pode ditar, não só proteção e regulação específicas, como também taxas de juro subsidiadas para apoiar indústrias em perigo (como as que o Congresso dos EUA acaba de aprovar para o setor automóvel).
Não estamos perante uma desglobalização mas estamos certamente perante uma nova globalização pós-neoliberal internamente muito mais diversificada.
Emergem novos regionalismos, já hoje presentes na África e na Ásia mas sobretudo importantes na América Latina, como o agora consolidado com a criação da União das Nações Sul-Americanas e do Banco do Sul. Por sua vez, a União Européia, o regionalismo mais avançado, terá que mudar o curso neoliberal da atual Comissão sob pena de ter o mesmo destino dos EUA.
Terceiro, as políticas de privatização da segurança social ficam desacreditadas: é eticamente monstruoso que seja possível acumular lucros fabulosos com o dinheiro de milhões trabalhadores humildes e abandonar estes à sua sorte quando a especulação dá errado. Quarto, o Estado que regressa como solução é o mesmo Estado que foi moral e institucionalmente destruído pelo neoliberalismo, o qual tudo fez para que sua profecia se cumprisse: transformar o Estado num antro de corrupção.
Isto significa que se o Estado não for profundamente reformado e democratizado em breve será, agora sim, um problema sem solução. Quinto, as mudanças na globalização hegemônica vão provocar mudanças na globalização dos movimentos sociais que vão certamente se refletir no Fórum Social Mundial: a novacentralidade das lutas nacionais e regionais; as relações com Estados e partidos progressistas e as lutas pela refundação democrática do Estado; contradições entre classes nacionais e transnacionais e as políticas de alianças.

*Artigo de Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal), enviado pela Maria Francisca Abrita Moro.

Marquetim político

Quaisquer que sejam os resultados das eleições, havia melhor forma de comemorar os 20 anos da Constituição Cidadã?

Dr. Ulysses Guimarães, que se encantou na Costa do Atlântico, litoral norte de São Paulo, ao submergir de helicóptero com Dona Mora, Severo Gomes e esposa, mais o piloto, deve estar festejando nas profundezas. Afinal, viva a democracia!

Agora os que já ganharam tiram férias, porque ninguém é de ferro, como diz a Lala, os que ainda são candidatos já começam a buscar afinidades com os adversários de ontem, angelicais e como bons cândidos, todos de bandeira branca. Afinal, as botinas vão ter descanso, ficarão sem ranger até a hora de montar os governos. Em Curitiba os frangos vingarão, pois se a campanha perdurasse mais um pouco, os jantares em Santa Felicidade seriam de omeltes antes mesmo que os ovos se tornassem pintos!

E o Congresso já terá observado seu recesso também branco, voltando todos para o trabalho até a realização de novas eleições...

O filme de Hoje

Fomos ao cinema ver o filme Escafandro e Boboleta por recomendação do Marcelo, nosso amigo que sem os óculos enxerga como Jean-Do o personagem principal, sic. Jean-Do tem um mal súbito, entra em coma e acorda três meses depois... Se você tem alguma curiosidade sobre o que pode alguém apenas com a imaginação, a memória e um olho indene, vá ver, você verá tanta esperança quanto poderia ter visto no Ensaio sobre a Cegueira se ainda não foi... Valeu Marcelinho!

Encontro do Projeto Unir

Participei do V Seminário do Projeto Unir do Ministério da Educação em Maceió com representantes das universidades, setores, centros, faculdades e cursos da área de saúde. Falei em nome do CONASS na mesa sobre a formação profissional para a saúde. Comecei apresntando a experiência da Escola Superior de Ciências da Saúde do Distrito Federal, a única escola criada e implementada em meio ao serviço de uma secretaria estadual de saúde. Logo, porém, voltei-me para a questão nacional:o que fazer para integrar ensino, serviço e comunidade por esse país afora? Foi então que me ocorreu de compartilhar a reflexão sobre as dificuldades dos gestores entrosarem ensino e serviço para atender a população. Primeiro, tanto a educação como a saúde têm gestores sempre às voltas com recursos escassos para demandas crescentes... Entre as contingências e as vicissitudes, vamos vivendo ou sobrevivendo até o próximo exercício, o próximo ano letivo, à espera de novas oportunidades e quem sabe da sorte com um pouco mais de recursos. Em desgravo aos secretários municipais do Vale do São Francisco, criticados como inacessíveis à nova Universidade do Vale do São Francisco - e eu me lembrei de Ângela, professora daquela universidade e ex-secretária de lá também - eu disse ao Reitor daquela universidade, que provavelmente os secretários deviam estar com mais necessidades do que recursos, que entre os gestores da saúde há de tudo como em toda parte, mas haja quem possa criticar o que se passa hoje em defesa da Saúde, direito do povo e dever do Estado. Como fazer para que três pirâmides se unam: gestores, educadores e governo municipal, estadual e nacional? Se conseguimos juntá-las pelo ápice, as bases se afastam, se juntamos as bases os ápices também se afastam. O desafio está em desmontar as três cuidadosamente, com humildade e perseverança, sem perder nada, mas reorganizando tudo para que as coisas importantes realmente aconteçam em cada palmo deste chão brasileiro.

A Constituição Federal ao completar 20 anos regendo a prestação de serviços, a educação profissional e a gestão articuladas conforme o Pacto pela Saúde, em Defesa da Vida, e a Atenção Primária à Saúde ordenando as ações essenciais com a atenção secundária e terciária subordinada para a cobertura de toda a população pelo Sistema Único de Saúde. Veja a gravação do evento no sítio do Projeto Unir, Ministério da Educação.

Meditação Vipassana

Vamos começar de novo com os resumos de "A Arte de Viver Segundo N.S. Goenka", de William Hart até eu encontrar o livro que deixei em Curitiba. Start again!

O livro The Art of Living" ou "A Arte de Viver Segundo S.N. Goenka", Livraria e Editora Sette Letras, de William Hart, inicia seu primeiro capítulo, "A BUSCA" reconhecendo que todos buscamos paz e harmonia, por ser o que falta em nossas vidas. Todos desejamos ser felizes, no entanto, a felicidade é um objetivo mais almejado do que alcançado. Todos nós experimentamos insatisfações na vida (...) Além disso, nossas insatisfações pessoais nunca se mantêm limitadas a nós mesmos, ao contrário, estamos continuamente compartilhando nosso sofrimento com os outros (...) Desse modo, tensões individuais combinam-se para criar as tensões da sociedade. É este o problema básico da vida: a sua natureza insatisfatória. Acontecem coisas que não desejamos, coisas que desejamos não acontecem... E ignoramos como ou porque esse processo funciona, assim como ignoramos nosso próprio começo e nosso fim.

Sidarta Gotama, após anos de busca, de experimentar vários métodos, descobriu um modo de ver com clareza a realidade da sua própria natureza e experimentar a verdadeira libertação do sofrimento. Só então, conhecido como Buda, "o iluminado", ele declararia, há 25 séculos:

"Não acredite simplesmente naquilo que lhe disserem ou que lhe tenha chegado de gerações passadas ou da opinião geral ou por ser o que dizem as escrituras. Não aceite algo como verdadeiro por mera dedução ou inferência, ou por considerar aparências externas, ou por parcialidade de uma certa visão, ou pela sua plausibilidade ou porque o seu professor lhe disse que assim é, mas quando você souber diretamente (...) só então você deve aceitar e praticá-los!"

Recomendação da Lara

Hoje vou para um carteado, pois afinal ninguém é de ferro!!!!!!!!
Pretendo conferir no sábado: Luis Mello estará de sexta a domingo no Sesc Paulista às 20:30h até 26 de Outubro. Resultado de suas pesquisas," O que eu gostaria de dizer" fo mto recomendada por minhas colegas da ginástica - $20,00
No teatro Fecap tem Monica Salmaso com músicas de Chico sexta e sábado às 21:00h e domingo às 19:00h...já vi e é maravilhoso...eu adoro - $20,00
Já fui ver tb Doce Deleite no Teatro Raul Cortez, Fecomércio. Para quem gosta de Reynaldo Gianechini, recomendo.
Como toda terça, na próxima haverá Andre Mehmari no Sesc Paulista às19:00h.
E, como já disse, no teatro Décio de Almeida Prado,esta semana haverá Nelson Ayres às 21:00h.

beijo da Lala

domingo, 28 de setembro de 2008

Hebdomadar 30 de 28 de setembro de 2008.Brasília, Ano I

168º dia do Sexagésimo

Queridos amigos

Ainda não sabemos bem como fazer o hebdo diretamente no blog. Lala tentou, mas não conseguiu. Zé Roberto reclamou que o template é estreito e saiu de viagem... o Zé Manoel não havia acessado os últmos hebdos, por pura atribulação de médico ultrassonografista e assessor da Secretaria de Saúde do Pará. Vamos fazer o seguinte: quem tiver o que colocar no blog, manda para mim e eu faço a inclusão com ajuda de Roseane e assim vamos nos comunicando sem nos trumbicarmos! Rô, esta é a trigésima edição, 168 é o número de dias que já passaram dos meus sessenta anos, que vou completar em 2009! O template que mais agrada é aquele com pouco acessório, bem limpo e fundo/moldura vermelha ou abóbora. Gostaria de poder continuar mudando o número da edição em cima, no cabeçalho, como faço no e-mail.

Marcelo Machado, de Belo Horizonte, sempre envia suas sugestões, a última a favor do e-mail, mais fácil de acessar que o blog! Hoje envio a notícia que ele apontou sobre o avanço da pesquisa científica no Brasil. Lamentável, todavia, é a mensagem de Rodrigo Guerino Stábeli, em que ele informa ter sido denunciado pelo Ibama por biopirataria, enquanto atua como Diretor Científico do Instituto de Patologia Tropical de Rondônia / IPEPATRO, uma instituição criada com Hildebrando de Araújo, médico brasileiro da equipe de Samuel Pessoa, exilado por muitos anos na França, onde foi diretor do Instituto Pasteur, aposentou-se e voltou para servir ao país.

Morreu Paul Newman, aos 83 anos, na sexta feira, 26 de setembro. Trabalhou em mais de 60 filmes, dentre eles fez o pistoleiro de Butch Cassidy e Sundance Kid, com Robert Redford em suas peripécias pela Bolívia em chamas - uma fatal coincidência? Era casado há 50 anos, desde 1958, com Joanne Woodward. Meu amigo Jorge Ramillo Salles gosta de contar uma passagem com o nome do ator. Foi em Foz de Iguaçu, quando um americano radiologista de barragens veio examinar o paredão de concreto de Itaipu. Um dia o americano perguntou ao Jorge, por que os brasileiros falavam tanto em Paul Newman. Jorge não soube responder, mas passou a escutar as conversas não só com ouvidos de psiquiatra e concluiu que a expressão mais freqüente na boca dos peões era "porra nenhuma" !

** Leia A Lala Ayub Bacellar, com a Programação Cultural de São Paulo, em anexo.

Nesta edição:

Progresso da Ciência?

Brasil teve melhor desempenho na Paraolimpíada de Pequim do que na própria Olimpíada?

E a crise mundial, quando terá fim?!

Marquetim político

A Pérola da Semana

A Crônica de Hoje

Ensino de Especialidades Médicas

Meditação Vipassana

Progresso da Ciência?

Deu no Estadão: A ciência brasileira avançou da 22ª posição para a 15ª no ranking mundial, segundo Jorge A. Guimarães, preidente da CAPES.Com a produção em 2007 de 19.428 artigos de nível internacional, a ciência brasileira avançou da 22ª posição que ocupava há oito anos para a 15ª posição no ranking mundial. Com esse resultado, o Brasil passa a contribuir com 2,02% dos artigos de todos os 183 países, apenas quatro vezes menos do que a participação da Alemanha, terceira colocada no ranking. (...) O desempenho alcançado pelo Brasil é fruto da trabalho das universidades e centros de pesquisa que atuam na pós-graduação e, portanto, nossa inserção nesse seleto clube é muito mais recente, pois a grande maioria das instituições acadêmicas brasileiras e, em conseqüência, a pós-graduação, só foram introduzidas há poucas décadas no País.

Brasil teve melhor desempenho na Paraolimpíada de Pequim do que na própria Olimpíada?

Sim, pois na Olimpíada de 08 a 24 de agosto conquistamos 03 medalhas de ouro, 04 medalhas de prata e 08 medalhas de bronze, 15 medalhas no total. Já na paraolimpíada, foram 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze, soamndo 47 medalhas ao todo. Na olimpíada ficamos em 23º lugar dentre 204 países e na Paraolimpíada , de 06 a 17 de setembro, terminamos em 9º lugar na classificação geral de 197 países!

E a crise mundial, quando terá fim?!

O primeiro ministro da China, Wen Jiabao, brada pela estabilização da economia mundial: "A confiança agora vale mais que ouro"! E os bancos centrais correm anjetar dinheiro no mercado, 50 bilhões na comunidade européia, na Grã-Bretanha, na Suiça. Nos Estados Unidos foram transferidos mais 100 bilhóes do Tesouro. O Banco Central do Brasil vem injetando recursos na economiapara suprir a falta de crédito externo e pode ser que o crescimento ainda se mantenha acima de 4,5%. resta esperar o que vai acontecer esta semana em diante nos Estados Unidos e no mundo...

Marquetim político

Dia 05 de outubro vem aí!

No Caderno C do Correio Braziliense, domingo passado, 21 de setembro: Cândidos candidatos. Bastaria revelar a origem ou sentido da palavra candidato e estaria tudo dito. Então, digo: candidato significa "aquele que vai mudar de condição". Até aí, nada demais. A gente sabe que a pessoa depois que entra para a política muda de condição, a tal ponto que alguns se convertem em políticos "incondicionais", e vão tocando as coisas sempre dependendo da "condição". (...) para se entender os candidatos atuais, é preciso voltar ao passado. Não apenas deles, mas à raíz da palavra candidus, que significa branco. Em muitos rituais de iniciação, candidus é a cor do candidato, e a maneira como ele se veste revela a pureza de sua alma, a brancura de seus ideais. Crônica de Affonso Romano de San'tanna!

O Entorno de Brasília reedita os tempos da Lei Falcão, aquela que impedia manifestação de candidatos além da foto e a leitura do currículo no horário eleitoral. Meu padrinho Darcy Trilho Otero, então presidente da ARENA de Pelotas, saiu em veículo de alcance nacional reclamando da restrição mais ou menos assim: haja sola de sapato! Aqui os candidatos não contam com o programa eleitoral gratuito na TV. Eles se deslocam das cidades satélites para o corpo-a-corpo na Rodoviária, pois a maioria dos seus munícipes vem trabalhar no Plano Piloto, vão de porta em porta nas sedes dos municípios e aos fundos das fazendas, de ônibus, a pé ou a cavalo, como Antonio Armando da Silva, de Cocalzinho de Goiás, com seis quilos a menos e no terceiro par de botinas!

Editorial do Correio Braziliense, domingo, 28 de setembro: Concorrência desleal... "Segundo registros da Câmara e do Senado, desde a oficialização de suas candidaturas 31 deputados e 3 senadores se serviram da verba (verba mensal indenizatória) para gastar R$618.757,65. Do total, R$289.331,26 referem-se a despesas com combustíveis, lubrificantes, locomoção, hospedagem e alimentação, 46,76%. (...) Esclareça-se, em primeiro lugar , que o uso da verba indenizatória se justifica pelo exercício do mandato no âmbito parlamentar. Sucede que o Congresso observa recesso branco estabelecido por acordo dos partidos até a realização das eleições municipais... Um mau exemplo de moralidade!

A Pérola da Semana

"Rodrigo Stabeli" <stabeli@unir.br> escreveu: Querido Isaac e todos colegas que tentam fazer ciência séria no Brasil. Hoje no período da tarde, enquanto ministrava minhas aulas regulares na Medicina de nossa Universidade Federal, minha secretária recebeu dois agentes do IBAMA que traziam consigo uma intimação que me acusava de BIOPIRATA. Como estava em exercício, de uma das funções públicas que exerço, a docencia, a única que me afasta temporariamente de minhas funções de pesquisador, não recebi a intimação (amanhã estarei recebendo a bendita as 15H30 horário de Brasilia). Estou amplamente preocupado com o futuro científico de nosso país. De um lado as ONGs protetoras dos animais de biotério, do outro, instituições públicas que buscam combater como biopiratas funcionarios publicos que exercem a docencia e a pesquisa em seu laboratório fixo, em sua Universidade fixa, que possui endereço fixo e que ainda publica sua "biopirataria"em revistas indexadas com impactos relevantes nas bases de dados internacionais e ainda que lidera dois projetos nacionais(PRONEX e GENOPROT) fomentados pelo CNPq e FINEP, que entao legalizam de vez sua "biopirataria". A burocracia para se tirar uma licença CGEN e SISBIO é imensa. As minhas demoraram mais de um ano e meio para serem emitidas. Amanha estarei recebendo a intimação e, Prof Isaac, devo ser preso em Brasilia pois Porto Velho não tem presidio para universitarios. O fato é que não podemos ver sucateada a produção científica brasileira. Este movimento anti-terrorista científico está me preocupando. Amanhã escreverei com maiores detalhes.

Abraços
Rodrigo

Rodrigo Guerino Stábeli, Ph.D.

A Crônica de Hoje

Fomos ao cinema ver o filme Ensaio sobre a Cegueira do Fernando Meirelles, adaptação da obra de José Saramago. Eu me sentia estimulado desde a reportagem em que Meirelles estava no cinema ao lado de Saramago em lágrimas, imediatamente após a projeção do filme em versão definitiva, depois de Cannes. A vontade de ver dois autores em linguagens irmãs, a escrita e a cinematográfica, ambas dependentes da visão, tratando da cegueira, essa endemia que nos ameaça a todos, talvez tenha sido mais forte que tudo, uma forma de resistir ao que não tem vacina, a estupidez.

A diferença da endemia de estupidez que permanece em grau mais ou menos constante afetando a sociedade, o ensaio do livro e do filme é uma epidemia de cegueira, em que quase todos perdem a visão subitamente, sem nenhum sinal prévio e passam a "ver" branco leitoso, diferente da amaurose em que a vista escure totalmente. A barbárie toma conta, como nas diversas situações em que a humanidade se mete sem necessidade de uma epidemia de cegueira. Então, parece que o método da redução ao absurdo, de levar quase todos a não ver, cegos absolutos , é para mostrar que precisamos ver as coisas que estão claras à nossa vista. Ao fim é um libelo à vida, na esperança de que a humanidade, talvez, se enxergue um dia!

Ensino de Especialidades Médicas

Participei pelo CONASS da reunião do Ministério da Saúde com representantes das especialidades médicas com Paulo Henrique Seixas, diretor da Secretaria de Saúde de São Paulo e o representei no dia seguinte na reunião da Comissão Nacional de Residência Médica. Há formação de especialistas em proporções razoáveis, posto que não se verificam excessos ou faltas em grandes números nacionais, apesar da ausência de mecanismos eficazes de regulação. O que é grave é a situação de falta ou excesso em regiões do interior do país, mesmo no sul e sudeste, ou nas regiões metropolitanas respectivamente. Já dizia Carlos Gentile de Melo, que a distribuição de médicos acompanha a distribuição da rede bancária. Apresentei o apelo a que as lideranças das especialidades, quaisquer que sejam, ofereçam alguma formação/informação em gestão de saúde, citando a constatação por certos autores de que o gasto dos recursos públicos de saúde efetivamente realizado é definido por quem atende nos postos de serviço, alcançando 70% do total das verbas. Outra sugestão foi de que as diversas especialidades discutissem com os gestores da saúde o que deve ser um profissional generalista nos dias de hoje, pois com certeza não deve ser o mesmo perfil do médico que nos atendia na década de 50 do século passado! Na reunião das comissões estaduais de Residência Médica transmiti nossa constatação do dia anterior, solicitando a maior aproximação entre cada comissão estadual e os gestores regionais e municipais para colaborarem na redução das discrepâncias de oferta das especialidades médicas.

Meditação Vipassana

O resumo do terceiro capítulo do livro "A Arte de Viver Segundo N.S. Goenka", de William Hart ainda não irá desta vez. Retomarei quando encontrar o livro!!!

A Lala Ayub Bacellar

Queridos, boa tarde!

Como por milagre, é sábado à tarde e estou em casa... Estou ocupada fazendo uma pesquisa sobre danças circulares e aproveito para passar as dicas da semana. Tentei fazer no blog do Armando, mas não consegui...

Segunda tem um pianista norueguês fantástico na Sala S Paulo ás 21:00h - acho que minha amiga ainda tem alguns ingressos a preço de assinatura (no côro) - $30,00

Terça é imperdível às 19:00h no Sesc Paulista- Renato Borghetti – grátis

Quinta tem Moraes Moreira com Jazz Sinfônica no Memorial às 21:00h -$30,00

O teatro Décio de Almeida Prado tem tido shows gratuitos que parecem ser bons tb. Eu ainda não conheço... Esta quinta, como todas as semanas, haverá apresentação de Irmandade do Blues, como eles definem, com novas roupagens de velhos clássicos, às 21:00h. O endereço é rua Cojubá 45, Itaim Bibi.

Ah, e hoje e amanhã tem Jards Macalé no Sesc Pinheiros!

Espero que possamos nos encontrar por aí...

Beijo da Lala

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

29 de 21 de setembro de 2008.Brasília, Ano I

161º dia do Sexagésimo

Queridos amigos

No dia da primavera**, um ou dois dias antes, começou a chover por aqui. Brasília é assim, seca metada do ano e molhada outra metade, de agora até março. O Zé Roberto já respondeu dizendo que o Hebdo entrou na maioridade e vai fazer a coluna de Itapê. A Lala também respondeu animada com a idéia, mas com receio de não saber lidar com a internet, mas eu também não sabia. A Roseane vai dar assistência e pede que todos entrem no blog e deêm sua opinião anômina sobre a experiência, se devemos ou não continuar. Basta acessar a internet em http://hebdomanar.blogspot.com/. Espero que a Ro comece a contar coisas da Europa que podem nos interessar aqui no Brasil e que o Zé Manoel venha com notícias da Amazônia! A primeira apuração de visitas em menos de uma semana: 64 visitas com 19 acessos!

** Leia VIVA BRASÍLIA, em anexo, que escrevi em 2003, ao fim de um ano vivendo aqui, depois de quatro estações...

Nesta edição:

Obituário Coletivo
E a crise mundial já é muito mais grave que a de 1929
"Marquetim político"
A
Pérola da Semana
A Crônica de Hoje
Ensino de Saúde Coletiva

Meditação Vipassana

Obituário Coletivo

Deu no Estadão de domingo, 14 de setembro: com base nos dados do Ministério da Saúde, estudo da ONG Criança Segura da rede internacional Safe Kids , mostra que o trânsito é responsável por 40% das mortes por causas externas de crianças e adoescentes até 14 anos de idade, sendo tema da semana do trânsito de 18 a 25 de setembro: "A Criança e o Trânsito". O número de vítimas tem caído, mas muito lentamente. Os atropelamentos são a principal causa de mortes infantis no trânsito, dos meninos em dobro que das meninas de 11 a 14 anos, pois eles vão atrás da bola nas peladas de rua... Para as crianças mais novas, a melhor proteção é o uso correto da cadeirnha noautomóvel, que será obrigatório no Brasil a partir de 2010. Ações como avançar com o carro sobre a faixa de pedestres, desrespeitar semáforos e estacionar sobre as calçadas são práticas irregulares e muito perigosas para crianças, que nem percebemos como erradas já tão repetidas por tantos na afobação do trânsito urbano.

E a crise mundial já é muito mais grave que a de 1929

O que podemos esperar da crise econômica nos Estados Unidos, na Europa e no Japão? Melhor seria que ela se resolvesse por lá, mas vai alcançar todo o mundo em proporções diferentes e comprometer a estabilidade em muitos países. A China, A Índia e a Rússia já tomaram medidas com vistas a conter efeitos sobre a disponibilidade de moeda circulante. No Brasil, segundo Fábio Barbosa, presidente do Banco Santander e da Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, há um tripé construído pelo governo: câmbio flutuante, responsabilidade fiscal e combate à inflação de modo que a crise internacional tenha pouco impacto sobre a nossa economia. O Ministro Mantega diz o mesmo, mas há quem recomende "por as barbas de molho" como Fernando Henrique Cardoso em entrevista no Programa do Jô, com a experiência de quem viu 60,0 bilhóes de dólares de reservas brasileiras se exaurirem de um dia para o outro!

"Marquetim político"

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro começou a estação das eleições municipais apelando para o combate às milícias em pról de candidaturas que ameaçavam cidadãos em currais eleitorais na segunda maior cidade do país, ex- capital da República e do Império, como nos velhos tempos, senão atuais, do coronelismo político dos grotões do Brasil. Agora a novidade do TRE-RJ foi tornar mais flexíveis as regras do Tribunal Superior Eleitoral. Mapas urbanos estimulam as pessoas a persuadirem eleitores, comunidades digitais são criadas para a inclusão de cabos eleitorais na campanha, que adquirem identidade por meio de senhas individuais e organizam manifestações, debatem política, dão palpite e fazem sugestões para o programa de governo inclusive. No caso do Rio o TRE autorizou a criação de comunidades oficiais por meio do orkut e outro sítios de relacionamento. Gabeira, candidato do PV a prefeito do Rio, utiliza o Google Maps que é capaz de dar um zoom sobre qualquer locação e assim ele mostra comnidades dominadas por milícias ou traficantes. Em São Paulo também, Kassab tem a rede K25 gerenciada por ele mesmo e Marta Suplicy um blog pessoal tratando de reminiscências de seu tempo de programa de TV.

A Pérola da Semana

O chinês Minq Li, professor de Economia na Universidade de Utah, em Salt Lake City, escreveu: "Como à Eurozona falta impulso de crescimento e o Brasil, a Rússia e a Índia permanecem relativamente pequenos para desempenhar papéis decisivos na economia global, a China parece ser o único candidato plausível para substituir os Estados Unidos e tornar-se a principal força condutora da economia capitalista global. Poderá a China conduzir o capitalismo mundial a um outro período de estabilidade e crescimento rápido? Provavelmente observaremos um retorno ao domínio keynesiano ou às políticas capitalistas de estado por todo o mundo. A crise também baterá à porta dos chineses e a saída será reorientar sua produção industrial para um mercado interno cujo consumo de massas é hoje limitado pelos baixos salários". O perigo amarelo não será desta vez?!

A Crônica de Hoje

Setembro é a primavera no Hemisfério Sul, a estação das flores que significam a esperança de renovação da natureza, época da semeadura natural ou feita pela humanidade para gerar novos frutos. Setembro é o outono no Hemisfério Norte, quando os frutos já maduros são colhidos. Tanto ao Sul como ao Norte, não é isso que estamos assistindo. Aqui no meridiano, a Bolívia se encontra sob tensão contando os mortos das últimas refregas entre apoiadores e opositores do Presidente Evo Morales, 35 anos depois do bombardeio de La Moneda com a morte de Salvador Allende e a instalação da ditadura mais dura dos últimos tempos. No setentrião a crise econômica desnorteia a todos, inclusive os candidatos a presidente na maior economia do mundo, com reflexos para o mundo inteiro. Tomara que Evo Morales seja bem sucedido nas negociações que vem tentando com os seus antagonistas e que os americanos encontrem o equilíbrio econômico e político. Que a primavera seja benfaseja, tanto ao Norte como ao Sul!

Ensino de Saúde Coletiva

Fui convidado a falar no Encontro do Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Goiás, onde encontrei Alcindo Ferla de Porto Alegre e os colegas de Goiânia, responsáveis pelos cursos de graduação em Enfermagem, Farmácia, Medicina, Nutrição e Odontologia. Levei uma reflexão muito simples sobre o que observei aqui na Escola Superior de Ciências da Saúde nestes três últimos anos em que se formaram duas turmas da graduação em medicina com ótima avaliação entre as escolas do país. Baseada no ensino/aprendizado por problemas, com atenção tutorial e a prática precoce de observação em campo por meio da integração ensino - serviço - comunidade/ IESC, o desenvolvimento de atitudes e habilidades e o estudo por módulos temáticos interdisciplinares, a escola trata da formação profissional de forma eficiente, efetiva e eficaz, incluindo a Saúde Coletiva independente da existência da disciplina específica. Alcindo fez uma digressão muito consistente sobre as bases contemporâneas do Ensino em Saúde Coletiva, mediante sua experiência de professor, pesquisador e gestor de saúde na Universidade Federal de Caxias do Sul, na Secretaria Municipal e Estadual, no Ministério da Saúde e no Grupo Hospitalar Conceição. Não pude ficar para o debate, pois devia retornar em tempo de participar da Câmara Técnica do CONASS de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde!

Meditação Vipassana

O resumo do terceiro capítulo do livro "A Arte de Viver Segundo N.S. Goenka", de William Hart ainda não irá desta vez. Retomarei quando encontrar o livro!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

28 de 14 de setembro de 2008. Brasília, Ano I

154º dia do Sexagésimo

Queridos amigos

Roseane do Socorro, autora do blog Pavulagem da Ro, me convenceu. Vou pedir que todos os interessados entrem no nosso blog http://hebdomanar.blogspot.com/ e nos ajudem a construí-lo! No início farei o hebdo do mesmo jeito e colocarei no blog com o nome um pouco diferente: heb-do-man-ar, ou seja, a fusão de hebdómana com as sílabas de ar-man-do ao contrário! Para a coluna lítero-cultural estou convidando a Lala, nossa colega da turma de científico de 1968 e o José Roberto Leonel, Zé Leonel, nosso contemporâneo que estimulou o hebdo desde as primeiras edições, para incluir notícias da turma e da terra das escolas, pois ele é residente em Itapetininga. O Zé Manoel, outro amigo de lides sanitárias será o nosso correspondente em Belem do Pará, especialmente para questões da Amazônia, com foco em saúde! As colunas devem ser atualizadas a cada semana. A Roseane, obviamente, vai ser nossa correspondente brasileira para Alemanha e Europa.

Aceitam-se adesões de quantos queiram enriquecer nosso semanário digital!

Nesta edição você vai ler:

  1. Deu no obituário do Jornal do Brasil
  2. Pérola da Semana
  3. A Crônica de Hoje
  4. VIII Seminário Nacional do Projeto Integralidade
  5. Meditação Vipassana

Deu no obituário do Jornal do Brasil

Fausto Wolff, escritor e colunista do Jornal do Brasil (1940 - 2008). Morreu nesta sexta-feira, às 21h, o jornalista e escritor Fausto Wolff, de 68 anos (...) Deixa a mulher, a psicóloga Monica Tolipan e duas filhas.

Deu no Globo de quinta-feira, 11 de setembro

Missa de sétimo dia na Igreja de Nossa Senhora da Paz em Ipanema, hoje às 19:30 horas.
Convite assinado por Chico Caruso, Paulo Caruso, Jaguar, Millôr Fernandes,
Ziraldo e Márcia, Maria Vasco, Heliosa Linares, Ivan Fernandes, Mauro
Santayana, Nani, Ricky, Marcos Troyjo, Nelson Tanure, Nélio Horta, Evandro
Teixeira, Paulo Nicollela e demais amigos!

Pérola da Semana

Do hebdo passado:Vejamos como será o jogo no Brasil! E o que vimos, senão aquela pífia apresentação da seleção brasileira em casa, empatando com a Bolívia por 1x1 na quarta-feira, 10 de setembro. Há quem diga que foi para evitar mais problemas para Evo Morales. Por falar em Evo Morales, ele saiu-se muito bem na consulta nacional de 10 de agosto próximo passado, aprovado por mais de 60,0% dos eleitores em, no entanto, vem enfrentando a cizânia de seu país que, aliás, nunca foi muito unido. Altiplano e Meja Luna jamais formaram uma só nação e agora estão prestes a se dividir, por iniciativa dos mais ricos sob a liderança de Santa Cruz. Cândido Mendes disse na CBN que Evo Morales já percebeu que deve ceder em parte e concordar em constituir uma Confederação Boliviana. Hugo Chavez aproveita para propor a expansão se suas "teses bolivarianas". E Lula recomenda, sabiamente, cautela e negociação democrática, sem rompimento com o Estado de Direito. É bom, todavia, lembrar que a nova constituição boliviana não foi aprovada por maioria qualificada do parlamento.

A Crônica de Hoje

A 20 dias do pleito, continua a campanha pelas eleições de prefeitos e vereadores. A considerar o que prometem, não teremos falta de mais nada, especialmente na saúde. Os que estão no poder, demonstram o muito que já fizeram e o que ainda falta fazer, uma das razões mais importantes de sua candidatura, na linha do discurso de sempre "time que está ganhando não deve mudar". A oposição se apresenta como arauto da moralidade pública denunciando os gastos com propaganda, que dariam para construir mais tantas escolas, unidades de saúde e outros serviços. Assim, ganhe situação ou oposição, serão contratados mais professores, mais médicos; serão construídos novos postos, centros e hospitais para todos os ciclos e espaços de vida: Posto de Saúde Rural, Centro de Saúde do Adolescente, Hospital do Idoso e por aí afora. Até parece que a oferta vai disciplinar a demanda aleatória de gente insatisfeita por falta de vínculo com os estabelecimentos, as equipes e os profissionais de saúde, como se a soma das partes resultasse no bom atendimento do todo. Integralidade não é o acesso de todos a tudo, mas o atendimento do indivíduo todo. Indivíduo, é bom recordar, é uma palavra que se constituiu para registro de uma constatação muito simples e essencial, a de que a pessoa é indivisível. Acrescente-se que as comunidades constituem complexidades específicas que, ao serem divididas, mais se enfraquecem do que se revigoram dos males e achaques que as acometem. A complexidade está no desafio de atender a todos com escuta e cuidado adequados à sua individualidade, com integridade e justiça. A complexidade está no todo de cada um e em cada um de todos. As obras, as máquinas de exame, os medicamentos e os computadores ajudam, mas não substituem atenção e cuidado. É preciso cuidar mais e referenciar menos, porque a complexidade não se alcança pela soma das partes, mas pelo respeito à unidade somática, psíquica e social dos indivíduos e das comunidades.

VIII Seminário Nacional do Projeto Integralidade

De 10 a 12 de setembro aconteceu o VIII Seminário Nacional do Projeto Integralidade promovido pelo Laboeratório de Pesquisas sobre Práticas de Integralidade em Saúde, onde participei representando o CONASS na última mesa do evento:

Responsabilidade sanitária: é possível definir o tamanho da integralidade no cuidado nos serviços públicos e privados?

A integralidade é uma qualidade e não uma quantidade e, por isso, pode-se constatar quão difícil se torna mensurar aquilo que não tem tamanho, mas apenas é ou não é! Então como posso afirmar que é possível definir tal tamanho? Talvez ainda não possa fazê-lo agora, mas há muito que persigo esse objetivo, no início adotando instrumentos de medida, escalas e parâmetros para conferir sucessivamente sua pouca ou nenhuma serventia até que me deparei com a hipótese sobre a qual tentarei discorrer agora, estimulado pela participação nessa mesa.

A práxis da saúde é talvez a fonte mais remota daquilo que se configura como a aplicação do que se convencionou chamar de teoria do conhecimento, da relação entre o saber e o fazer no atendimento das necessidades subjetivas e objetivas do ser humano que sofre. A incompletude é um sentimento indispensável na composição do ser humano, tanto que se pode afirmar: não há ser humano sem a experiência da falta essencial, outro nome do sentimento de que não somos completos, atribuível às descobertas da psicanálise. Não é ousadia dizer, aliás, que ao contrário do pensamento dominante, de que os achaques e as dores físicas constituíram-se nas bases do desenvolvimento da clínica e da medicina em geral, o que realmente deu substrato ao desenvolvimento da escuta e do cuidado de quem sofre, foi esta falta absoluta, a falta que não tem repositório, a falta que não se cala, senão pela clínica. Uma evidência incontestável dessa verdade é que desde os tempos mais remotos os médicos tratam dos doentes com, sem ou apesar de tratamentos estabelecidos. A presença daquele que se inclina, que faz da palavra a consistência insofismável do sofrimento é o que define uma profissão como de saúde, qualquer que seja a parte do corpo, o momento do processo saúde/doença, a dimensão individual ou coletiva, a materialidade ou não da queixa, a opção de tratamento... Tanto assim que podemos dizer que há entre os denominados “profissionais de saúde” quem não honre esse atributo fundamental, como há entre leigos, quem o cumpra plenamente ainda que não o faça por intenção, por desejo de proceder como curandeiro ou com o dolo do curandeirismo.

A integralidade tem o tamanho das exigências do tratamento do indivíduo todo, sem divisão de qualquer natureza, a partir do seu domicílio sanitário, a partir do vínculo estabelecido pelo cuidado sem solução de continuidade, seja na prática pública ou privada. O gasto público com saúde se esvai em despesas predominantes com alocação de serviços remunerados por procedimento em busca de uma integralidade inalcansável. Esse gasto, tirante no máximo 20% com a chamada atenção básica que não consegue se estabelecer como Atenção Primária à Saúde, é a medida do esforço de reparar a separação em grupos por ciclo de vida, por gênero, por doença e por tudo mais, sem lograr a satisfação da demanda e sem alterar o perfil de morbidade e de mortalidade em proporções significativas. Esse gasto é a medida da integralidade pelo avesso, do que não se consegue alcançar, apesar desse dispêndio crescer mais e mais a cada ano.

É preciso tombar a pirâmide que subordina a atenção básica às chamadas "média e alta complexidades". A complexidade está nas pessoas e não nas máquinas, o complexo é o ser humano que sofre e o ser humano que o atende e sua relação se estabelece na Atenção Primária à Saúde, matriz da integralidade necessária, a instância de maior importância para a consolidação de uma sistema universal de promoção e proteção da saúde, subordinando as chamadas "média e alta complexidades", com Responsabilidade Sanitária.

Meditação Vipassana

O resumo do terceiro capítulo do livro "A Arte de Viver Segundo N.S. Goenka", de William Hart. Enviarei no próximo hebdo pois não encontrei o livro! Aliás, pouco tenho meditado, mas vou retomar a prática com o tapete persa que Pierre Beghin, irmão de Nathalie, me trouxe de lembrança do Irã, onde ele foi visitar uma indústria siderúrgica na antiga capital do país, Isfahan!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

27 de 7 de setembro de 2008. Brasília, Ano I

147º dia do Sexagésimo

Queridos amigos

Escrevo de Brasília, dia 09 de setembro, depois de cinco dias em Curitiba, cumprindo escala de serviço no IML, onde sou servidor há 26 anos... Estou entusiasmado com as manifestações de apoio ao Hebdo, poucas mas muito consistentes. Dentre elas recebi o apoio de minha amiga Roseane do Socorro, que escreveu da Alemanha para compartilhar sua exepriência de escrever um blog, o Pavulagem da Ro, e me oferecer ajuda para a construção do meu/nosso próprio blog...Estou quase blogando, O QUE VOCÊS ACHAM?! Mensagem de Roseane - entre outras coisas ela estuda a língua de Goethe - que me enviou esta frase de Leila Diniz (LD), em português e alemão:

"Viver, intensamente, é você chorar, rir, sofrer, participar das coisas, achar a verdade nas coisas que faz. Encontrar em cada gesto da vida o sentido exato para que acredite nele e o sinta intensamente". (LD)

"Intensiv leben, das bedeutet weinen, lachen, leiden und das Wahre in all deinem Tun suchen. Das bedeutet, in jeder Lebensregung, in jeder Geste den treffenden Sinn zu finden, damit du ihr Vertrauen und sie ganz tief spüren kannst."(LD)

Nesta edição você vai encontrar

Olímpiadas de 2016 no Brasil.

Respeitável público, ouvintes de casa.

Pérola da semana.

Crônica de hoje.

Meditação Vipassana.

Olimpíadas de 2016 no Brasil

Anúncio de última capa do jornal de embarque em Afonso Pena - SJPinhais/Curitiba - é sobre o Hospital Pequeno Príncipe, que em parceria com Pelé, promove a campanha dos gols do rei, com a finalidade de angariar fundos para pesquisa em medicina e tratamento de crianças. Moedas cunhadas pela Casa da Moeda, em ouro, prata e bronze podem ser adquiridas em até dez parcelas por meio do sítio: http://www.golspelavida.org.br/index.do. O Paraná Clube, meu time tricolor na Terra das Araucárias, sucessor do Ferroviário depois Colorado, do Britânia e do Pinheiros estava prestes a ser rebaixado da Série B do Campeonato Nacional, mas saiu da ameaça de rebaixamento com o empate contra o Ceará em Fortaleza por 1 x 1. Em caso de recaída, o consolo é que teremos a companhia do Salgueiro, o carcará do sertão pernambucano, que há cinco anos vem se impondo como revelação do agreste no cenário do futebol nacional. O Atlético Paranaense pode acabar também na Série B, restando apenas o Coritiba na Série A, mesmo perdendo sábado por 1 x0 em casa para o Botafogo, para alegria de meus filhos Felipe e Ana e do meu genro Marcel, seu filho Bernardo e sua filha Ligia, que já brada o grito de guerra da torcida: Coôoxá...Coôoxá... de bracinhos para cima!