domingo, 28 de setembro de 2008

Marquetim político

Dia 05 de outubro vem aí!

No Caderno C do Correio Braziliense, domingo passado, 21 de setembro: Cândidos candidatos. Bastaria revelar a origem ou sentido da palavra candidato e estaria tudo dito. Então, digo: candidato significa "aquele que vai mudar de condição". Até aí, nada demais. A gente sabe que a pessoa depois que entra para a política muda de condição, a tal ponto que alguns se convertem em políticos "incondicionais", e vão tocando as coisas sempre dependendo da "condição". (...) para se entender os candidatos atuais, é preciso voltar ao passado. Não apenas deles, mas à raíz da palavra candidus, que significa branco. Em muitos rituais de iniciação, candidus é a cor do candidato, e a maneira como ele se veste revela a pureza de sua alma, a brancura de seus ideais. Crônica de Affonso Romano de San'tanna!

O Entorno de Brasília reedita os tempos da Lei Falcão, aquela que impedia manifestação de candidatos além da foto e a leitura do currículo no horário eleitoral. Meu padrinho Darcy Trilho Otero, então presidente da ARENA de Pelotas, saiu em veículo de alcance nacional reclamando da restrição mais ou menos assim: haja sola de sapato! Aqui os candidatos não contam com o programa eleitoral gratuito na TV. Eles se deslocam das cidades satélites para o corpo-a-corpo na Rodoviária, pois a maioria dos seus munícipes vem trabalhar no Plano Piloto, vão de porta em porta nas sedes dos municípios e aos fundos das fazendas, de ônibus, a pé ou a cavalo, como Antonio Armando da Silva, de Cocalzinho de Goiás, com seis quilos a menos e no terceiro par de botinas!

Editorial do Correio Braziliense, domingo, 28 de setembro: Concorrência desleal... "Segundo registros da Câmara e do Senado, desde a oficialização de suas candidaturas 31 deputados e 3 senadores se serviram da verba (verba mensal indenizatória) para gastar R$618.757,65. Do total, R$289.331,26 referem-se a despesas com combustíveis, lubrificantes, locomoção, hospedagem e alimentação, 46,76%. (...) Esclareça-se, em primeiro lugar , que o uso da verba indenizatória se justifica pelo exercício do mandato no âmbito parlamentar. Sucede que o Congresso observa recesso branco estabelecido por acordo dos partidos até a realização das eleições municipais... Um mau exemplo de moralidade!